quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Catadores conhecem o projeto de inclusão socioambiental




Mais uma ação para o fortalecimento dos catadores sergipanos foi feita durante a manhã desta quarta-feira, 08, atendendo as determinações da Lei 12.305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Durante reunião no auditório do Sebrae, centenas de catadores dos 75 municípios sergipanos conheceram o projeto “Inclusão Socioambiental e Produtiva de Catadores e Coletores de Recicláveis em Sergipe”, ação promovida através de convênio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) junto a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).
Segundo a superintendente de Qualidade Ambiental da Semarh, Vera Cardoso, o projeto está voltado para a inclusão socioambiental e produtiva de catadores e coletores de recicláveis de materiais secos e de óleo de cozinha em Sergipe. “Uma das propostas desse projeto é a disponibilização de ações tanto de formação quanto de assistência técnica para fortalecer a operacionalização dos empreendimentos socioambientais e inclusivos dos catadores a fim de organizá-los em redes inclusivas e prepará-los para a atual dinâmica da cadeia seletiva e da reciclagem e igualmente. Assim como mostrar as oportunidades potenciais para a implantação da logística reversa”, disse.
Ainda segundo Vera Cardoso uma das metas do projeto é identificar, cadastrar, sensibilizar e mobilizar 1.840 catadores para participarem das ações do mesmo, implementando, assim, a PNRS. “Além disso, iremos realizar capacitação e assessoramento técnico para os catadores a fim de organizá-los em cooperativas, disponibilizando a infra-estrutura necessária para o seu funcionamento. Estruturaremos também quatro projetos de produção e distribuição de recicláveis, cooperativas ou arranjos produtivos, distribuídos um em cada território do consórcio público intermunicipal de resíduos sólidos beneficiária do Projeto, e suas respectivas redes de apoio e parcerias técnicas e comerciais”, afirmou.
Etapas
Como um dos destaques do projeto é buscar a valorização e inclusão dos catadores, a superintendente da Semarh comentou ainda que para sua execução algumas etapas serão realizadas, sendo que uma delas é a identificação e cadastramento dos catadores no CADUNICO. “Uma coisa importante que devemos pontuar sobre essas metas é que iremos realizar oitos encontros, dois em cada território dos consórcios públicos de resíduos para as ações de sensibilização e mobilização dos catadores. Faremos ainda oito reuniões técnicas, duas em cada região envolvendo catadores, coletadores, gestores públicos, grandes geradores e compradores de recicláveis para traçar estratégias de ação conjunta de implantação e ou ampliação da coleta seletiva nos municípios”, afirmou Vera Cardoso.
Outro destaque citado por Vera em relação às metas de execução do projeto é que serão realizadas 20 oficinas de capacitação nas regiões dos consórcios abordando temas como Lei Nacional de Resíduos Sólidos, Coleta Seletiva, Logística Reversa, Cooperativismo e Associativismo, Formação de Mutiplicadores, entre outros.
Sebrae
Como a execução do projeto será executada pelo Sebrae, o coordenador do projeto Edmilson Suassuna disse que a instituição ficará responsável na parte da organização das associações e cooperativas a partir da inclusão produtiva dos catadores, no engajamento dos planos de negócios na parte organizacional dos arranjos produtivos em todo Estado. “Como Sergipe possui quatro consórcios públicos, a partir deles iremos fazer um trabalho com os catadores e todos os atores envolvidos no processo de reciclagem onde pretendemos dar todo noraum Sebrae na parte de organização, planejamento, elaboração de planos de negócios, como ainda na constituição jurídica desses empreendimentos que serão incentivados a partir desse projeto”, afirmou.
Oficina
Durante a apresentação do projeto a empresa Única Soluções e Estratégias realizou uma oficina com os catadores a fim de realizar um cadastramento por meio da ação “Catador Reconhecendo Catador”. De acordo com a assistente social da empresa, Onildete Salimbeni, esse cadastramento socioeconômico tem a objetividade de conhecer o perfil dos catadores sergipanos, onde trabalham, se eles pertencem a associações ou cooperativas, entre outros. “A partir deste questionário iremos levantar o número de catadores no Estado e sua situação de trabalho”, comentou.
Para a catadora Maria José de Jesus Oliveira, oriunda da cidade de Nossa Senhora da Glória, esse projeto veio em boa hora. “A gente, como catador, percebe que esse projeto irá mudar a nossa história, tanto em relação à saúde como na segurança do trabalho. Temos a certeza que com esse projeto funcionando iremos trabalhar com mais tranqüilidade, sem contar que irá beneficiar nosso desenvolvimento”, finalizou.
Ascom Semarh

 

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